Operação cerco
6/3/2017, 6:54679
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Carlos Costa e Teodora Cardoso estão no
olho do furacão. É preciso legitimar o seu afastamento. Já vimos isto no
passado quando os mesmos protagonistas montaram um cerco ao então PGR, Souto
Moura.
3 de Março: “O Conselho de Finanças Públicas deverá fazer uma reflexão profunda sobre
a forma como tem feito previsões e não pode funcionar como um organismo que
cria pânico e cria desconfiança na execução orçamental, não contribuindo até
para a execução orçamental. E isso é um elemento a rever” –
Eurico Brilhante Dias, deputado PS.
3 de Março: “Milagre é Teodora Cardoso ainda ter
salário e ocupar o lugar que ocupa” – Miguel Tiago, deputado do
PCP.
5 de Março: “O governo deve iniciar um processo
com base em falha grave para substituir o governador” do Banco de Portugal” –
Catarina Martins, dirigente do BE.
5 de Março: O governador do Banco de Portugal “não tem
condições” para exercer as funções e o BdP não pode ser “uma sucursal do Banco
Central Europeu” – Jerónimo de Sousa, dirigente do PCP.
Passámos
claramente para outra fase, as máscaras estão a cair. Já não há qualquer
preocupação em disfarçar. O cerco vai apertar-se para já em torno daqueles que
ainda detêm poder suficiente para questionar a verdade oficial sobre a nossa
situação económico-financeira e, o que ainda é mais importante, ocupam cargos
que podem colocar em Bruxelas essa verdade oficial em causa. Por isso, de um
momento para o outro, Carlos Costa e Teodora Cardoso ficaram no olho do
furacão. É preciso legitimar e apresentar como indispensável o seu afastamento.
A operação cerco já começou.
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