Governo
foi pressionado a tirar Força Aérea do combate aos incêndios por empresários
privados de helicópteros!
Aos poucos vão-se descobrindo mais pormenores sobre aquilo que se passa por
detrás do combate aos incêndios e do negócio que isso se torna!
Muitos dos pilotos dos helicópteros de combate a incêndios, assim como os
mecânicos, são oficiais e sargentos da Força Aérea Portuguesa que tiram férias
afim de prestarem serviços extra a empresas privadas no combate aéreo a
incêndios florestais no período BRAVO. Homens e mulheres preparados para
situações emergentes e urgentes em qualquer situação de risco para as
populações.
Mas, em 2016, o Ministério da Administração Interna
chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado
para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido
preparada pelo anterior Executivo (PSD), com o intuito de poupar milhões de
euros em apenas três meses – Julho a Setembro.
Segundo fonte da Força Aérea (FAP) estavam
disponível para receber os meios, “mas com reforço dos recursos humanos e
materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar”. A titular do Ministério,
Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma
redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a
frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam
três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a
privados para suprir a lacuna. Um negócio feito pelos governos a empresas
administradas por ex-deputados pagas pelo contribuinte.
Verbas não chegam aos bombeiros.
Todos os anos as associações de bombeiros
recebem cerca de €50 por cada elemento que presta serviço de 24 horas nos
bombeiros, no período Alfa e Bravo. Mas, os comandos e direcções nem sempre
entregam esses honorários aos elementos activos, alegando que parte da verba
fica retida para melhoramentos nos quartéis de bombeiros ou aquisição
de material. Embora se saiba que tais aquisições são pagas pelas autarquias e
beneméritos. O rasto do dinheiro é perdido. O Ministério da Administração
Interna, Ministério Publico e Protecção Civil são conhecedores deste ilícito,
mas nenhum, até hoje, teve vontade de repor a legalidade. Os homens e mulheres
(verdadeiros bombeiros) sofrem em prol do protagonismo e pragmatismo
daqueles que não olham a meios para atingir os seus fins.
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