JOÃO MANUEL RIBEIRO/GLOBAL IMAGENS
A investigação suíça
começou a partir de um pedido de cooperação judicial apresentado pelas
autoridades portuguesas.
A Suíça bloqueou 160
milhões de francos (cerca de 150 milhões de euros) de pessoas suspeitas de
lavagem de dinheiro, no contexto processo de desmantelamento do Banco Espírito
Santo (BES), confirmou hoje o Ministério Público daquele país.
A investigação suíça
começou a partir de um pedido de cooperação judicial apresentado pelas
autoridades portuguesas, indicou a entidade pública à agência de notícias
daquele país, a Ats, citada pela Efe.
Em setembro de 2014
realizaram-se vários procedimentos e em maio do ano seguinte foi formada uma
equipa de investigadores, mas o Ministério Público salientou que ainda não pode
comentar sobre o resultado do trabalho realizado.
A comunicação social
suíça publicou hoje informações a indicar que as autoridades seguem pistas relacionadas
com o ex-diretor da filial do BES em Angola, de quem têm indícios de lavagem de
dinheiro e de outras situações, como a aprovação de créditos a entidades
insolventes.
Segundo aquelas
informações, o responsável e a sua família ter-se-iam apropriado de 500 milhões
de dólares (cerca de 470 milhões de euros).
Em agosto de 2014, as
autoridades portuguesas transferiram os ativos "saudáveis" do BES
para o Novo Banco, enquanto os "ativos tóxicos" ficaram no primeiro.
Na sexta-feira, o
governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmou a venda do Novo Banco
ao fundo norte-americano Lone Star, que vai realizar injeções de capital no
montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo
no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020.
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