O Palacete do Sampaio - casa do Regalo
INFELIZMENTE
ESTE NÃO É O ÚNICO. ANDAM AÍ MUITOS MAIS MAMÕES, A VIVER À NOSSA CUSTA…… Regalos republicanos
A bela imagem
que acompanha este texto não foi escolhida por acaso.
Trata-se da
" Casa do Regalo", um palacete situado "no topo da Tapada das Necessidades, entre frondosa mata", mandado construir pelo rei D. Carlos I para
estúdio de pintura da rainha D. Amélia.
Na República
serve, não para instalação de entidades oficiais, mas, pasme-se, para gabinete
de recreio do reizete Sampaio (que bebe do fino, como se
usava dizer), um dos moralistas do regime que gosta de encher a boca com
a propalada "ética republicana", a tal que, supunha-se, tinha a ver com igualdade
entre os cidadãos e a abolição de " regalias" (lex dixit) e privilégios a quem os já não
representa.
Dito de outro
modo, no dia seguinte ao termo de funções de chefe do Estado, Sampaio deveria
(querer) voltar a ser um cidadão comum, como os demais, enfim, um entre iguais.
Mas não, claro que o
Jorginho gosta de um ambiente apalaçado (mesmo que a Lei 26/84, alterada pela
Lei 28/2008, se refira a "gabinete", não a palacete ...),
aprecia o séquito de "um assessor e um
secretário da sua confiança" e,
é claro, não prescinde do "automóvel
do Estado, para o seu serviço pessoal, com condutor e combustível".
Pouca
despesa, como se imagina, qualquer coisita como, só em pessoal, entre cem mil e
duzentos mil euros anuais, ou talvez um pouco mais...
Este espírito desprendido e este viver
modesto não surpreendem em
tão emérito socialista, ou não tivera ele dito há uns anos, quando
recebeu 90 mil euros do Prémio Carlos V, que "O prémio, desta vez, vai ser
para mim. Não vai haver associações de caridade. Os tempos vão maus".
Seja como
for, neste tempo de profunda crise, em que se corta nos subsídios de férias e
de Natal dos trabalhadores, em que antigos governantes vão deixar de poder
acumular subvenções com rendimentos privados, urgia dar também o exemplo de
acabar com injustificadas regalias de antigos titulares de cargos políticos, a
começar pelos ex-presidentes da República, desde logo revogando as alíneas a) e
b) do artigo 6.º da Lei 26/84.
O que, de resto, sempre seria uma exigência do próprio princípio
republicano, se, é claro, houvesse vergonha neste País.
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